8  IA Aplicada à Pesquisa Científica

Nesta última aula discutiremos o papel da inteligência artificial (IA) na pesquisa científica, com ênfase em como essas tecnologias podem ser integradas a práticas de ciência aberta. A IA oferece ferramentas para a análise da literatura, fichamento, identificação de problemas de pesquisa, lacuna, escrita e muito mais. Algumas plataformas que discutiremos: Semantic Scholar, Research Rabbit e Inciteful. Além disso, abordaremos ferramentas como Scholarcy que oferece resumos automáticos e explicações detalhadas de artigos científicos, tornando o processo de revisão e compreensão da literatura mais eficiente. Com essas tecnologias, podemos dedicar mais tempo ao desenvolvimento de hipóteses e à análises, enquanto a IA cuida da análise preliminar e da organização de dados.

Vamos explorar essas ferramentas e discutir como elas podem ser aplicadas aos nossos próprios projetos de pesquisa, promovendo uma abordagem mais aberta, colaborativa e eficiente na ciência.

Na lista de vídeos indicados em nossa Agenda temos uma recente palestra do Prof. Ricardo Limongi sobre o uso de IA na pesquisa científica. Em cerca de duas horas o professor abordou o uso prático, questões éticas, ferramentas e reflexões sobre IA e métodos de síntese de conhecimento com o Grupo PBE-USP.

Podemos utilizar alguma ferramenta de IA para nos ajudar a entender o enrendo e tópicos da palestra? Pois bem, fomos no Youtube, copiamos a transcrição da palestra, e depois utilizamos o AI Studio do Google com a seguinte prompt:

O texto abaixo é a transcrição de uma aula sobre Ferramentas de IA aplicadas à Pesquisa Científica. Gostaria que elencasse os pontos abordados nesse vídeo.

OBS: Não colamos a transcrição aqui devido a quantidade de palavras (2 horas de palestra!). Inclusive, por esse motivo, utilizamos AI Studio do Google, que na sua versão teste aceita um milhão de tokens.

Eis a resposta:

Pontos abordados na aula sobre Ferramentas de IA aplicadas à Pesquisa Científica:

1. Introdução e Apresentação:

  • Apresentação do grupo de pesquisa de prática baseada em evidências na saúde e dos palestrantes.
  • Breve currículo do professor Ricardo Limongi, especialista em Inteligência Artificial e marketing.
  • Ênfase na importância de compartilhar conhecimento e ser generoso dentro da comunidade acadêmica.

2. Inteligência Artificial como Meio e não Fim:

  • Discussão sobre a rápida ascensão da IA e a necessidade de aprendizado, especialmente após o lançamento do ChatGPT.
  • Alerta sobre o uso excessivo da IA como ferramenta para gerar artigos completos, enfatizando que a IA deve ser vista como uma ferramenta auxiliar e não substituir o papel do pesquisador.
  • Importância da reflexão crítica e da capacidade de análise e interpretação do ser humano.

3. Ciência Aberta e Replicação:

  • Discussão sobre o movimento de ciência aberta e sua importância para a replicabilidade de pesquisas.
  • Ênfase na transparência, compartilhamento de dados e o escrutínio crítico na comunidade científica.
  • Menção a plataformas como “ArXiv” para disponibilização de materiais para avaliação e crítica.

4. Inteligência Artificial como Automação de Tarefas:

  • Conceituação da IA como ferramenta de automação de tarefas, desde a revisão da literatura à análise de dados.
  • Apresentação de plataformas de IA categorizadas por tipo de tarefa e de diferentes modelos de acesso (gratuitas e pagas).
  • Menção ao crescimento do mercado da IA e à necessidade de recursos para acesso a plataformas mais avançadas.

5. A Importância da Organização e Transparência na Pesquisa:

  • Discussão sobre a necessidade de organização do processo de pesquisa desde o início, incluindo declaração de hipóteses, objetivos e metodologia.
  • Importância da clareza nas informações fornecidas à IA para evitar vieses e garantir a qualidade do resultado.
  • Críticas à falta de transparência na metodologia de alguns artigos, dificultando a replicação e o aprendizado da IA.
  • Sugestão de incluir informações sobre o uso de IA na sessão de métodos dos artigos para promover transparência e aprendizado.

6. Ferramentas de IA para Revisão da Literatura:

  • Apresentação do Semantic Scholar como ferramenta de busca e análise de literatura, e sua integração com plataformas como o Google Scholar e o LitMaps.
  • Demonstração do LitMaps como plataforma para revisão da literatura com interface visual, recursos de fichamento e funcionalidades para identificar estudos similares.
  • Menção à plataforma “Research Gate” como rede social para pesquisadores e sua limitação em relação à publicação de artigos.
  • Sugestão de criar perfis nas plataformas de IA para beneficiar do aprendizado personalizado do algoritmo.
  • Explicação do recurso “TLDR” (Too Long, Didn’t Read) como resumo do resumo para facilitar a análise inicial de artigos.

7. Ferramentas de IA para Detecção de Plágio e Uso da IA:

  • Diferenciação entre plágio e uso de IA na escrita, e a necessidade de entender o contexto e o percentual de similaridade para identificar possíveis problemas.
  • Apresentação de ferramentas de detecção de IA em textos como o “Detector de IA”, disponível no LitMaps.
  • Discussão sobre a tolerância ao uso da IA na escrita, e a necessidade de diretrizes para a utilização ética e transparente.
  • Sugestão de submeter tanto a versão humana quanto a versão editada pela IA para a avaliação dos editores.

8. Ferramentas de IA para Análise de Dados:

  • Demonstração do “Consensus” como ferramenta para analisar e avaliar relações entre variáveis, utilizando dados do Semantic Scholar.
  • Apresentação do CoPilot como recurso de interação com os dados e geração de insights.
  • Discussão sobre a importância de entender os algoritmos e a capacidade de interpretação crítica dos resultados da IA.

9. Desafios e Limitações da IA na Pesquisa:

  • Discussão sobre a questão da privacidade de dados e os riscos de vazamento de informações confidenciais ao utilizar plataformas de IA.
  • Menção ao Microsoft CoPilot como alternativa com maior segurança de dados.
  • Alerta sobre a falta de leitura dos termos de uso e a necessidade de atenção para a proteção de dados sensíveis.
  • Discussão sobre a dificuldade de rastrear e evitar o uso indevido da IA em pareceres e trabalhos acadêmicos.
  • Menção ao problema da falta de acesso a conteúdos científicos pagos, limitando o aprendizado da IA e criando desigualdade de acesso.
  • Ênfase na necessidade de acesso aberto a artigos científicos para facilitar o aprendizado e democratizar o acesso à informação.

10. Letramento Digital e a Importância do Ensino da IA:

  • Discussão sobre a importância do letramento digital e da educação para o uso ético e responsável da IA na pesquisa.
  • Ênfase na necessidade de repensar as disciplinas de metodologia e integrar o ensino da IA de forma crítica e consciente.
  • Compartilhamento de exemplos de iniciativas de letramento digital para professores e pesquisadores, como o “Academia GPT”.
  • Alerta sobre a necessidade de desenvolver habilidades para identificar o uso indevido da IA e avaliar criticamente os resultados.
  • Ênfase na importância de entender os processos de pesquisa e os fundamentos da metodologia para utilizar a IA de forma eficiente e ética.

11. Conclusões e Considerações Finais:

  • Reconhecimento da IA como ferramenta fundamental para a pesquisa, mas com a necessidade de uso consciente e responsável.
  • Importância de desenvolver um letramento digital para a pesquisa, com foco na ética, na crítica e na interpretação.
  • Incentivo à participação em debates e à criação de diretrizes para o uso da IA na pesquisa.
  • Ênfase na necessidade de adaptação do ensino da metodologia para incorporar o uso da IA de forma crítica e consciente.
  • Reconhecimento da importância do conhecimento e da expertise humana para a análise e interpretação dos resultados da IA.

Em suma, a aula abordou a utilização da IA como ferramenta auxiliar na pesquisa científica, destacando sua potencialidade e os desafios para seu uso ético e responsável. A principal mensagem é que a IA deve ser integrada ao processo de pesquisa como um complemento e não como um substituto, sendo crucial o desenvolvimento de um letramento digital para o uso crítico e consciente da ferramenta.